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quinta-feira, 7 de julho de 2016

Equipe errada, hora errada



      Quantas vezes não vimos um talento ser desperdiçado na Fórmula 1? E quando o motivo foi por o piloto estar em uma equipe meia boca, a qual, não oferecia uma base para mostrar bons resultados?
Felipe Nasr, está nesse momento enfrentando algo parecido.

      Antes de mais nada, gostaria de afirmar, que eu não estou sepultando a carreira dele, e muito menos falando que ele se tornará o próximo Senna, apenas porque obteve resultados significativos nas últimas corridas. Estou simplesmente, fazendo uma análise crítica da situação, sem a famosa síndrome de vira-lata, a qual a imprensa brasileira ama semear, esperando um novo campeão mundial surgir da noite para o dia.

      A Sauber não vem mostrando consistência, não está proporcionando um equipamento razoável para seus pilotos brigarem por bons resultados, não conseguem nem se quer, alcançar o meio do grid, e quando conseguem é após muito esforço.

      Essa situação não é nem um pouco boa para quem está atrás do cockpit. Com um carro ruim, o piloto tem que tirar leite de pedra para não ser esquecido e tentar minimizar as críticas. No final deste ano, serão 2 temporadas de Nasr na Sauber, e para mim, já chega, ele já adquiriu experiência, seu modo de pilotagem já tinha sido muito bem moldado nos seus anos de GP2 e como segundo piloto da Williams, realmente o menino tem talento nato, o suficiente para conseguir pular para uma equipe que lhe proporcionará resultados mais expressivos.

      Além do que, se ele ficar mais tempo, esperando o carro se tornar competitivo, para conseguir resultados melhores e assim, ir para uma equipe de ponta, pode ser tarde demais para a sua carreira. Atualmente, a situação financeira da equipe de Peter Sauber não vai nada bem, então as expectativas de curto e médio prazo, não são as mais animadoras.

      Acredito muito no talento de Nasr, basta observar o começo da sua temporada de estreia, ele tinha sangue nos olhos para brigar por lugares no pelotão intermediário, mesmo com um carro limitado. Mas com a falta de confiabilidade no atual carro da equipe austríaca, anda difícil conseguir resultados tão expressivos quanto aqueles conquistados no início de 2015, nas duas últimas corridas, ele se saiu muito bem, ao levar em consideração o carro que ele tem, mas isso não é o suficiente, ainda mais para um piloto que quer um dia, quem sabe, ser campeão mundial.

      Nenhuma equipe, gosta de contratar pilotos mais velhos, elas gostam de moldá-los, deixar no ponto certo, para um dia, eles se tornarem campeões. Exceto quando, a equipe quer desenvolver um carro com muitas inovações, nesse contexto, realmente há uma demanda por pilotos com mais experiência, mas o sucesso não é garantido, portanto é um jogo muito arriscado.

      Concluindo, Nasr precisa de uma mudança para a temporada de 2017, pois, se continuar na equipe errada e na hora errada pode ser muito custoso para sua carreira.

     Obs: Claro que não sou pura, inocente e bela, para achar que um piloto irá para uma equipe de ponta, apenas porque tem talento. É necessário ter um aporte muito grande de capital originados pelos patrocinadores, para bancar essa empreitada. Enfim, torço muito para que Nasr consiga, porque talento ele já mostrou que tem de sobra. 


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