Uma história do capacete de Ayrton Senna

A pintura do capacete de Ayrton Senna pode ser facilmente reconhecida até mesmo em regiões longínquas do planeta. O amarelo cortado pelas faixas azul e verde foi campeão nas pistas e inspirou vários outros pilotos. Mas você já parou para pensar no que significam aquelas cores e aquelas linhas?

As cores são rapidamente associadas às da bandeira brasileira. O amarelo do ouro e da riqueza do país, o verde das florestas, o azul do céu do Rio de Janeiro em uma determinada noite, o branco da paz. O verde e o amarelo também fazem referência às famílias imperiais. No fim dos anos 70, era comum que pilotos de carros de corridas escolhessem as cores de seu país para compor o desenho dos cascos. O capacete do Ayrton teve o amarelo escolhido como cor quente e o verde e o azul como principais cores das faixas. E o que elas significam? As faixas foram desenhadas como se saíssem dos olhos do piloto de forma a transmitir movimento e agressividade.

O capacete de Ayrton Senna foi desenhado por Sid Mosca. Inicialmente, tinha uma versão diferente, com a maior parte (superior) em branco, seguida por faixas em amarelo, verde e azul escuro. Já na época do kart, passou a ter o desenho que permaneceu até sua saída da Fórmula 1, apenas com mudanças de patrocinadores e ligeira alteração de cores.

Sid Mosca também desenhou capacetes de Emerson Fittipaldi, Rubens Barrichello, Christian Fittipaldi, Nelson Piquet, Átila Abreu, Luciano Burti, entre muitos outros pilotos brasileiros.

Hoje, as cores e o design do capacete do Ayrton estão presentes em produtos, pinturas, logotipos e em grandes homenagens. A companhia de aviação Azul adesivou alguns de seus aviões com as cores em 2014. Mais recentemente, Gabriel Medina recebeu do Instituto Ayrton Senna uma prancha pintada com as listras no estilo do capacete. Dessa forma, esses tons permanecem vivos na nossa memória e nos fazem recordar as emoções que o Ayrton nos proporcionou nas manhãs de domingo.

Fonte: Filme Right to Win

Ayrton Senna – Immagini di una Vita, Mario Dommini
www.sidmosca.com.br

Texto por Danielle Mota